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OLHAVA POR NÓS,
SIMPLESMENTE
.
Com um olhar
que escondia
A sua luz,
Olhava
através e
Para além
dela,
Da janela da
miragem
Transportando
a sua cruz.
Olhar
perdido
Longínquo
Comprido,
Abrangente
Sem qualquer
paragem.
Olhava sem
querer
Olhava simplesmente
E sem ver
Olhava,
Olhava a
paisagem.
Um dia, o
seu ser
Começa a
afastar-se
Do seu corpo
finito
Encetando a
viagem
Vogando leve
e
Livremente
Pelo espaço
infinito,
Largando a
sua cruz.
Estava sem
estar
E sem ver, via
Toda a
engrenagem.
Libertara-se
lentamente
Dos valores
terrenos
Em busca da
luz
E dos
saberes plenos.
Marcara o
dia
Para a sua passagem
E partiu
calmamente
Sendo o que
sempre foi,
A energia
Que nos
protege
E dá coragem
.