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segunda-feira, 3 de março de 2025

POEMA A CAMÕES E VASCO DA GAMA

 

Poema a Camões e Vasco da Gama

 

No alvor da História, em tempos ancestrais, 

Dois heróis surgiram, destemidos e fortes, 

Gama, navegador de mares e portos, 

E Camões, poeta de palavras imortais.

Traçou rotas marítimas, desbravando o mar imigo, 

Vasco da Gama, audaz e intrépido capitão, 

Descobrindo caminhos para a Índia, com devoção, 

Enfrentando tormentas, bravatas e muito perigo.

Nas asas da língua lusitana, 

Em versos que ecoam como onda insana,

Camões escreveu uma epopeia grandiosa, 

Contando o feito, o mito e a glória famosa.

Mas hoje, oh triste sina, os políticos cegos, 

Querem apagar a chama que arde nos seus versos, 

E negar a Gama o mérito dos seus legados diversos.

Que as memórias destes gigantes não emudeçam, 

Que a língua portuguesa floresça e viceje, 

E que estes heróis em nossa alma resplandeçam.

 

30 de Junho de 2024

sexta-feira, 21 de março de 2014

O HOMEM QUE SE SENTA À MINHA FRENTE



O HOMEM QUE SE SENTA À MINHA FRENTE

O homem que se senta à minha frente
Conversa comigo de coisa nenhuma.
Que espera ele que eu lhe diga?
De que coisas banais poderíamos falar, assim de repente?
Penso tristemente que não tenho ideia alguma
Nem para dizer, ou perguntar, ou entoar uma cantiga.

O homem que olho e vejo à minha frente,
Que espera ele da nossa conversa?
Falamos mudamente de desencontros e memórias fugazes,
Do passado que há-de ser quando se acabar o presente,
Do que somos ou que fomos na realidade adversa
E das tardes absurdas, paradas, incapazes.

O homem que se reflete à minha frente
Não está em parte alguma.
Olha-me perplexo, com olhos pestanudos
Emudece o olhar parecendo ausente
Fala-me sem som, com palavras que o saber perfuma
E assim ficamos durante um tempo, quedos e mudos.

terça-feira, 30 de julho de 2013

M.C.

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OLHAVA POR NÓS, SIMPLESMENTE
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Com um olhar que escondia

A sua luz,

Olhava através e

Para além dela,

Da janela da miragem

Transportando a sua cruz.

Olhar perdido

Longínquo

Comprido,

Abrangente

Sem qualquer paragem.

Olhava sem querer

Olhava simplesmente

E sem ver

Olhava,

Olhava a paisagem.



Um dia, o seu ser

Começa a afastar-se

Do seu corpo finito

Encetando a viagem

Vogando leve e

Livremente

Pelo espaço infinito,

Largando a sua cruz.

Estava sem estar

E sem ver, via

Toda a engrenagem.

Libertara-se lentamente

Dos valores terrenos

Em busca da luz

E dos saberes plenos.

Marcara o dia

Para a sua passagem

E partiu calmamente

Sendo o que sempre foi,

A energia

Que nos protege

E dá coragem
.

quinta-feira, 28 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

A CADEIRA DE LONA

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A CADEIRA DE LONA

A cadeira de lona
Convida à reflexão
O café fumegante
Desperta os sentidos
O sol, no seu ocaso,
Fala de amor
Antes da chegada dos ventos frios.
O ar salgado do mar
Cheira a relva
Acabada de cortar.
O meu pensamento corre então
Ao encontro da tua voz,
Parando o tempo nas horas mortas.
E vi-te então
Nua e transparente
Vogando ao de leve
Sobre o atol.
Depois,
Só o reflexo salgado
De espumantes ondas,
Nas rochas e na areia,
Onde bandos de gaivotas
Se viram cerimoniosamente
Para os lados do pôr do sol.
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