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terça-feira, 20 de novembro de 2012

NA MINHA CIDADE



NA MINHA CIDADE

Na minha cidade
Nasce o Norte insubmisso
E gente de rostos rugosos
Falando com impropérios
Nasce o regionalismo com viço
E com a sua luz, 
Nos belos invernos chuvosos
Também nascem os mistérios

A minha cidade
Cheira a rio e cheira a mar
E tem poentes de ouro
A enfeitar o granito.
Tem pombas a esvoaçar
Rabelos colorindo o Douro
 E mar até ao infinito.
Tem uma bruma no ar
Gente que é um tesouro
E pregões ditos em grito.


Na minha cidade
Fala o pobre e fala o rico.
Comendo castanhas e iscas
Fala a voz de uma naçom.
Contra qualquer mexerico
Loas aos quadrados e às riscas
Gritam na pantera e no dragão

Na minha cidade
Ouço o silêncio, absorto
Aqui e ali quebrado
Por  gente de qualquer idade
Com gritos de, VIVA O PORTO.


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