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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NA SALA OVAL - POEMA A JOANA

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Na sala oval
Joana esperava.
O corpo nu
Como nascera …
Tal e qual.

Tinha o cabelo ao vento
À janela desferrada
E a flor erecta, acordada
Lançava no ar um lamento.

Joana esperava,
Pelo tempo
Que havia de vir,
E mesmo enjoada
Esperava, esperava
Sabendo do contratempo
Ouvindo mentir.

Sua vida fora madrasta
E a sua existência gasta
Em muitos e muitos regaços
Sem lhe darem alibi.
E apesar da cor dos Paços
E de todos os seus fracassos
A Esperança vivia ali.
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