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domingo, 25 de novembro de 2012

PODE SER QUE...



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PODE SER QUE...

Pode ser que um dia nos afastemos
Mas hoje, vamos caminhar juntos na estrada que construímos
Vamos aproveitara amizade que temos
Vamos andar por vilas e cidades
Saltar cercas e transpor abismos
Subir e descer as mais íngremes colinas
Aplanando com alegria todos os obstáculos
Desbravando esperança e abrindo caminhos
E se realmente um dia nos afastarmos
Pode ser que mais tarde nos reencontremos
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SOU UM BARCO COM VELAS



SOU UM BARCO COM VELAS

Sou um barco com velas
Que no mar agitado do meu pensamento
Entre o desejo da partida
E a delonga da chegada
Nunca mais chega.
Não anda sem ti
Que és água e vento
e sol e estrelas.
És tu quem me tiras do desalento
E com passo lento
Quase imperceptível
Me guias
Pelos bons caminhos
Aplainados e sem remoinhos
Da sabedoria e do crescimento
Contigo
Enfuno as velas
Contorno descaminhos
Galgo as ondas do mar imigo
E esqueço o meu lamento.
Fico mais forte
Dispenso sentinelas
Olho o destino que persigo
E preparo a alegria da chegada
De uma viagem de que ninguém sabe
As lutas para vencer a sorte
E os sonhos, olhando as estrelas
Para enganar a morte.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

NA MINHA CIDADE



NA MINHA CIDADE

Na minha cidade
Nasce o Norte insubmisso
E gente de rostos rugosos
Falando com impropérios
Nasce o regionalismo com viço
E com a sua luz, 
Nos belos invernos chuvosos
Também nascem os mistérios

A minha cidade
Cheira a rio e cheira a mar
E tem poentes de ouro
A enfeitar o granito.
Tem pombas a esvoaçar
Rabelos colorindo o Douro
 E mar até ao infinito.
Tem uma bruma no ar
Gente que é um tesouro
E pregões ditos em grito.


Na minha cidade
Fala o pobre e fala o rico.
Comendo castanhas e iscas
Fala a voz de uma naçom.
Contra qualquer mexerico
Loas aos quadrados e às riscas
Gritam na pantera e no dragão

Na minha cidade
Ouço o silêncio, absorto
Aqui e ali quebrado
Por  gente de qualquer idade
Com gritos de, VIVA O PORTO.