ATRIBUTOS - POESIA
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sábado, 9 de dezembro de 2017
sexta-feira, 21 de março de 2014
O HOMEM QUE SE SENTA À MINHA FRENTE
O HOMEM QUE SE
SENTA À MINHA FRENTE
O homem que
se senta à minha frente
Conversa
comigo de coisa nenhuma.
Que espera
ele que eu lhe diga?
De que
coisas banais poderíamos falar, assim de repente?
Penso
tristemente que não tenho ideia alguma
Nem para dizer,
ou perguntar, ou entoar uma cantiga.
O homem que
olho e vejo à minha frente,
Que espera
ele da nossa conversa?
Falamos
mudamente de desencontros e memórias fugazes,
Do passado
que há-de ser quando se acabar o presente,
Do que somos
ou que fomos na realidade adversa
E das tardes
absurdas, paradas, incapazes.
O homem que
se reflete à minha frente
Não está em
parte alguma.
Olha-me
perplexo, com olhos pestanudos
Emudece o
olhar parecendo ausente
Fala-me sem
som, com palavras que o saber perfuma
E assim
ficamos durante um tempo, quedos e mudos.
terça-feira, 30 de julho de 2013
M.C.
.
OLHAVA POR NÓS,
SIMPLESMENTE
.
Com um olhar
que escondia
A sua luz,
Olhava
através e
Para além
dela,
Da janela da
miragem
Transportando
a sua cruz.
Olhar
perdido
Longínquo
Comprido,
Abrangente
Sem qualquer
paragem.
Olhava sem
querer
Olhava simplesmente
E sem ver
Olhava,
Olhava a
paisagem.
Um dia, o
seu ser
Começa a
afastar-se
Do seu corpo
finito
Encetando a
viagem
Vogando leve
e
Livremente
Pelo espaço
infinito,
Largando a
sua cruz.
Estava sem
estar
E sem ver, via
Toda a
engrenagem.
Libertara-se
lentamente
Dos valores
terrenos
Em busca da
luz
E dos
saberes plenos.
Marcara o
dia
Para a sua passagem
E partiu
calmamente
Sendo o que
sempre foi,
A energia
Que nos
protege
E dá coragem
.
quinta-feira, 28 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
domingo, 10 de março de 2013
A CADEIRA DE LONA
.
A CADEIRA DE LONA
A cadeira de lona
A cadeira de lona
Convida à reflexão
O café fumegante
Desperta os sentidos
O sol, no seu ocaso,
Fala de amor
Antes da chegada dos ventos frios.
O ar salgado do mar
Cheira a relva
Acabada de cortar.
O meu pensamento corre então
Ao encontro da tua voz,
Parando o tempo nas horas mortas.
E vi-te então
Nua e transparente
Vogando ao de leve
Sobre o atol.
Depois,
Só o reflexo salgado
De espumantes ondas,
Nas rochas e na areia,
Onde bandos de gaivotas
Se viram cerimoniosamente
Para os lados do pôr do sol.
.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
RÁDIO LUSITÂNIA
.
SÁBADO 9 DE FEVEREIRO 2013
.
VOU ESTAR À CONVERSA NA "RÁDIO LUSITÂNIA CB" , NO PROGRAMA "MÁQUINA DO TEMPO" COM CARMEN DOLORES, DEPOIS DAS 22H30
PODE OUVIR-ME AQUI:
OBRIGADO
.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
SÁBADO, DIA 9 DE FEVEREIRO
VOU ESTAR À CONVERSA AQUI
http://www.radio.lusitaniacb.net/leitor2a.htm
POR VOLTA DAS 22H30 OU UM POUCO MAIS
NO SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO
NÃO PERCA
http://www.radio.lusitaniacb.net/leitor2a.htm
POR VOLTA DAS 22H30 OU UM POUCO MAIS
NO SÁBADO, 9 DE FEVEREIRO
NÃO PERCA
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
TENHO
.
TENHO
Tenho
Atravessado na garganta
O desejo melodioso da
flauta
O sereno silêncio do
assobio
E o sabor gracioso de
uma cereja.
Tenho-te a ti, rosa
branca
Água da manhã, bebida
santa,
Telhado, pinhal, peixe
de rio,
Calmo murmúrio de uma
igreja.
Tenho
Deitados na minha
manta,
O mudo sabor de um
arrepio,
Um grito, um pássaro,
um pouco de frio,
O cheiro do pomar, ou o
que quer que seja.
.
O MAR É OUTRO
.
O MAR É OUTRO
O local é outro
Mas é o mesmo mar
Com os carneiros do
vento
Com as escadas das
ondas
Com a calma do lamento,
A incerteza de dar
Acerto às minhas
contas,
E ao meu amor, seu
sustento.
É outro o local,
E o mar, o mesmo de
sempre
Com as traineiras que
voltam
Com as gaivotas que
pescam
Com a raiva que não
mostram
E a certeza de somente
Saberem que não acertam
Na pessoa de quem
gostam.
É o mesmo, o local,
O mar é que é outro,
O pôr do sol mantêm-se
e as gaivotas, também,
um pouco.
.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
LÁBIOS
.
LÁBIOS
Lábios
Com sede de outros
lábios
Corpo
Com fome de outro corpo
Sedes que correm nas
águas
Fome saciada em teu porto
Onde se esquecem as
dores
E as mágoas
E se escutam conselhos
sábios
.
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