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terça-feira, 13 de julho de 2010

COM TERNURA

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Com ternura
Subo pelo flanco
Em direcção ao leito do rio.
Recolho o orvalho efémero
E provo a delícia súbita das romãs
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Com bravura
Escuto o teu breve pranto
E, subindo qual gaivota no vazio
Ou pelo teu torso magro e delicado
Trepo aos ramos mais altos das manhãs
 .
Com candura
Recolho-me no teu doce e suave encanto
Por lá ficando dias a fio
Colhendo framboesas no bosque amado
Regressando à juventude
E ao saber das minhas cãs
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