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Não, não acreditem em mim
Não sei para onde vou,
nem de onde vim.
Não sei o que quero,
ou se me entendem
Se acaso estou a mais,
ou se me pretendem
Não sei estar só,
e sou um solitário
Indiferente e egoísta,
mas solidário
Partilho o que tenho e sou invejoso
Sou mau como as cobras
e sou piedoso
Sou seco, sou duro, vivo comovido
Aparento segurança,
sinto-me perdido
Feito de contrastes e contradições
Mantenho a distância,
provoco emoções
Sou potro selvagem,
peixe em aquário
Humanista, progressista
e reaccionário
Sou cobarde, sou frontal,
sou corajoso
Sou rolha à tona de água
e sou perigoso
Um por um, de todos quero
um amigo
Conhecidos tenho muitos,
amizades não consigo
Não, não acreditem em mim
Não sei para onde vou,
nem de onde vim.
Lindo, gostei.
ResponderEliminarAbços
Obrigado Gia.
ResponderEliminarAbrços
Olá José Fernando, hoje vim com mais tempo e andei por aqui.
ResponderEliminarGostei muito especialmente deste poema. Eu acreditei em si, quando diz que não sabe de onde veio ou para onde vai...
Bom inicio de semana. Beijos, Ana Casanova.