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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

NÃO, NÃO ACREDITEM EM MIM


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Não, não acreditem em mim
Não sei para onde vou,
nem de onde vim.
.
Não sei o que quero,
ou se me entendem
Se acaso estou a mais,
ou se me pretendem
Não sei estar só,
e sou um solitário
Indiferente e egoísta,
mas solidário
Partilho o que tenho e sou invejoso
Sou mau como as cobras
e sou piedoso
Sou seco, sou duro, vivo comovido
Aparento segurança,
sinto-me perdido
.
Feito de contrastes e contradições
Mantenho a distância,
provoco emoções
 .
Sou potro selvagem,
peixe em aquário
Humanista, progressista
e reaccionário
.
Sou cobarde, sou frontal,
sou corajoso
Sou rolha à tona de água
e sou perigoso
Um por um, de todos quero
um amigo
Conhecidos tenho muitos,
amizades não consigo
 .
Não, não acreditem em mim
Não sei para onde vou,
nem de onde vim.
.

3 comentários:

  1. Olá José Fernando, hoje vim com mais tempo e andei por aqui.
    Gostei muito especialmente deste poema. Eu acreditei em si, quando diz que não sabe de onde veio ou para onde vai...
    Bom inicio de semana. Beijos, Ana Casanova.

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